Produtos portugueses reforçam presença na China

O secretário de Estado da Economia, António Almeida Henriques, visitou a 17.ª Feira Internacional de Macau

 

Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) assinou acordo de cooperação em Macau com um grupo de empresários chineses para a abertura de duas lojas de produtos portugueses na província de Liaoning até Outubro de 2013.

 "Há seis meses que discutíamos esta possibilidade e agora assinámos este acordo com um grupo de empresários da província de Liaoning que prevê a abertura de duas lojas, nas cidades de Shenyang e Dalian, até outubro de 2013", disse esta segunda-feira à agência Lusa o presidente da AJEPC, Alberto Carvalho Neto.

A AJEPC, criada há cerca de dois meses e que representa já cerca de 70 empresários portugueses e chineses, pretende criar uma marca de 'franchising' para a abertura de lojas de produtos portugueses, do vinho ao azeite, cortiça e calçado, em várias províncias chinesas, que serão geridas por empresários locais.

"Além de estimularem a exportação de produtos portugueses, estas lojas funcionarão como os primeiros pontos de venda de produtos tipicamente portugueses e de promoção da cultura portuguesa", explicou Alberto Carvalho Neto, adiantando que, além de Liaoning, a AJEPC também "já está a trabalhar com outras províncias da China no mesmo sentido".

O acordo relativo à abertura de lojas portuguesas na China continental foi um dos cinco protocolos assinados no fim de semana, durante a Feira Internacional de Macau, em que a AJEPC participou pela primeira vez e esteve envolvida na organização do pavilhão português em parceria com a Associação Empresarial de Portugal (AEP).

"Foram assinados cinco acordos no sector agroalimentar, essencialmente com as províncias de chinesas de Liaoning e Guangdong, o que vai facilitar bastante a entrada de produtos portugueses na China continental", disse.

Agora, acrescentou, está prevista a ida de empresários chineses a Portugal no próximo ano para participarem em feiras, como o Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa.

Alberto Carvalho Neto faz um balanço "extremamente positivo" da participação portuguesa no certame, durante o fim-de-semana, que foi a maior de sempre, com 63 empresas e um pavilhão de 500 metros quadrados, considerando que esta situação surge como "alternativa à crise" e que o mercado chinês poderá ser "uma solução viável a médio e longo prazo".

Na abertura da feira, na quinta-feira, marcou presença o Secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional português, António Almeida Henriques, que salientou, em declarações aos jornalistas, que as "exportações são uma vitamina contra a crise".

"Felizmente os empresários portugueses, em sintonia com o Governo português, têm vindo a perceber que esse é o caminho. Exportarmos mais do que importamos, esse é que é o caminho para a saída da crise", sublinhou.

Durante a 17.ª Feira Internacional de Macau, que se realizou entre quinta-feira e domingo, foram assinados 88 protocolos, mais 8,64% face ao ano passado, dos quais dez envolveram países lusófonos. O certame, que contou com 700 expositores e a representação de mais de 50 países e regiões, recebeu cerca de 103 mil visitantes, o que representa um aumento de 9,23% face à edição de 2011.

In Correio da Manhã, 22 de Outubro de 2012 às 11:33

 

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