Negócios com boas perspectivas

Feira Internacional de Macau traz mais empresários e expositores.

Mais stands, mais empresários, mais empresas portuguesas e de outros países e regiões lusófonas. O investimento também engordou cerca de 10% pelo que o IPIM acredita também num maior volume de negócios. Para já, Jackson Chang, presidente do organismo, avança com 1000 pré-acordos empresariais e 2000 projectos alvo de bolsas de contacto.

Quem passar pelos corredores da Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla inglesa), que arranca já amanhã, não vai ter mãos a medir para conhecer todos os produtos e serviços que estarão ao dispor em mais de 1800 stands, um aumento de 9% face ao ano anterior. O local será invadido por mais participações empresariais, ou não estivessem inscritos pelo menos 4000 empresários. Os números são avançados por Jackson Chang, presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), entidade organizadora do certame, que mencionou cerca de oitenta delegações de 20 províncias Interior da China que estarão incluídas nos 10 mil pré-acordos empresariais. “Até à presente data, recebemos mais de 2000 projectos que serão objecto de bolsas de contacto, tendo já sido programadas cerca de 1000 sessões de intercâmbio”, frisou também.

Para tal, houve um maior investimento da promotora do evento, embora não tenham sido avançados números concretos. “Existe o problema da inflação por isso o investimento deste ano também vai ser de cerca de 8 a 10% mais do que no ano passado”, disse a directora-executiva do IPIM, Irene Lau. “Mas esperamos mais volumes de negócios e que venham a aumentar o número de protocolos a assinar.”

 

“Da Ocidental Praia Lusitana”

A responsável fez questão de destacar a importância da participação lusa na Feira, através do Pavilhão de Portugal, que contará com cinco zonas diferenciadas dentro dos seus 495 metros quadrados. Estarão representadas 63 empresas para explorar novas oportunidades de negócios, porque, realça Alberto Neto, presidente da Associação de Jovens Empresários de Portugal-China (AJEPC), o país “acordou realmente com esperanças de exportação”, e vê em Macau uma rampa de lançamento.

Por essa razão, os produtos e serviços estão 90% concentrados na área agro-alimentar – com vinhos, azeite, enchidos, queijos – indústria sobre a qual temos de ganhar mais reconhecimento e que podem criar uma maior margem de crescimento das exportações, explica. “Estamos a tentar arranjar acordos com províncias e regiões na China por forma a que consigamos abrir lojas portuguesas e restaurantes típicos de Portugal para nos ajudar a nível de exportação e ao médio e longo prazo no reconhecimento dos nossos produtos e cultura.”

Uma pequena parte fica também reservada para a apresentação de soluções energéticas ou alternativas renováveis. “Temos de reforçar a nossa situação e vender a solução que é Portugal como porta aberta para a União Europeia e para um mercado de lusofonia.” No próximo ano, adiantou o presidente da AJEPC, estão já agendadas 12 visitas de empresários chineses a Portugal.

A participação lusa vai estar representada pela AJEPC, a Associação Empresarial de Portuguesa (AEP) e conta com o apoio institucional da AICEP em Portugal e no mercado.

 

Luz verde da Ilha

Alberto Neto lembrou ainda a Ilha da Montanha que, para o português, é um território ao alcance também das empresas lusas, embora deixe em aberto as novas iniciativas. “Neste momento está muito cru por isso, não vale a pena adiantar muito mais. O IPIM e o Fórum de Macau vão adiantar esses pormenores”, disse ao Hoje Macau.

O que é certo é que, segundo Peter Lee, vice-director da Direcção de Investimento e Promoção de Zhuhai, vão haver oportunidades de investimento nesta área. “Vamos promover a Ilha da Montanha e também a área empresarial e também queremos encorajar os empresários locais e estrangeiros a visitar”, garante.

Irene Lau reforça que nestas regiões em desenvolvimento, como é também o caso de Nantcha, espera-se um maior número de protocolos assinados. À cidade vizinha caberá nada mais do que 800 metros quadrados de espaço para exposição na MIF, um aumento substancial face ao último ano, informa o representante. A Macau cabe uma grande fatia. Pelo menos 126 pequenas e médias empresas locais vão estar em destaque em expositores num espaço total de oito mil metros quadrados. O secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, vai marcar presença no dia de abertura da feira.

 

Mercado lusófono

Da comunidade de países de língua portuguesa marcam presença sete países com cerca de centena e meia de empresas, num pavilhão que tem aumentado as suas visitas a cada ano, indica Rita Santos. A secretária-geral adjunta do Fórum de Macau evidencia esta como “a maior participação dos países de língua portuguesa, bem como a de Portugal”, que vai contar com um stand colectivo onde o design é inspirado na cultura luso-chinesa, cruzando representações do património mundial de Macau.

Das 148 autoridades e empresários de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste poderão estar afiançados cerca de 15% de protocolos, num total de 1000 contactos. “Vamos disponibilizar cerca de 16 pessoas bilingues de língua chinesa e portuguesa e 11 estudantes dos países de língua portuguesa”, garantiu, deixando facilitada a comunicação necessária.

As novidades deste ano são a Jordânia, o Chipre e o Madagáscar, que, segundo Irene Lau, querem “ir mais longe para procurar oportunidades de negócios nos países de língua portuguesa”.

In Hoje Macau (versão impressa), 17 de Outubro de 2012

 

Para ver a notícia original, clique aqui

Partilhar:

Ver também

20/ Abril/ 2023

ZEE Luanda-Bengo acolhe hoje e amanhã encontro de empresários e empreendedores da lusofonia

21/ Abril/ 2023

Empresários e empreendedores do “espaço lusófono” debatem na capital angolana (Luanda) entraves à atividade

1/ Agosto/ 2023

FIN Brasil terá lançamento da sua terceira edição em evento internacional