Portugal com participação recorde na MIF

São 63 as empresas portuguesas que este ano estão representadas na Feira Internacional de Macau, 90 por cento da área agro-alimentar. O presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China sugere que se aposte também noutro tipo de produtos, como o calçado.

Os empresários portugueses começam a identificar Macau como uma “solução válida para a sua internacionalização”, considerou ontem no território Alberto Carvalho Neto, presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China.

Ao intervir na apresentação da Feira Internacional de Macau, um certame que começa amanhã e dura até domingo, onde Portugal tem uma participação recorde de 63 empresas – segundo os últimos dados da organização -, o mesmo responsável salientou que, este ano, a presença na feira está concentrada em 90 por cento nos produtos da área agro-alimentar que se distinguem pela sua qualidade.

“Muitos consumidores chineses não sabem onde é Portugal, chegámos aqui há 500 anos, mas depois adormecemos e esta grande participação que tem o apoio das entidades locais é uma oportunidade de nos apresentarmos pela nossa qualidade, agora neste segmento do mercado, mas pensando já noutras promoções que teremos sempre de fazer”, disse.

Alberto Carvalho Neto considerou importante Portugal apostar em produtos que, apesar da sua excelente qualidade, possuem ainda uma grande margem de crescimento nas exportações, recordando que o calçado português é hoje reconhecido internacionalmente. O responsável salientou ainda a importância de “acordar definitivamente” para o Oriente, para a China e para a plataforma de Macau como rampa de lançamento regional.

“Todos os anos temos de ter uma presença nesta feira que seja muito forte, temos de fazer visitas de exploração do mercado, estar presente várias vezes a recordar os nossos produtos porque quem não está, esquece e temos de aproveitar estas oportunidades que nos dão de mão beijada”, considerou.

Com mais de 1800 stands e quatro mil empresários inscritos para os diversos programas da Feira Internacional de Macau, numa participação que a organização defende ser cada vez mais forte devido ao crescimento da importância da feira, o pavilhão de Portugal recebe especial destaque por ser o maior que alguma vez o país ocupou – cerca de 500 metros quadrados – “pelo conteúdo rico e variado e por ser um ponto tradicional de encontro até para os restantes países da lusofonia”.

Ao nível político, Portugal estará ainda representado pelo Secretário de Estado Adjunto, da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, que participa na abertura da feira, tem encontros com o responsável pela Economia e Finanças do Governo local, intervém em seminários da Feira Internacional e participa na inauguração da Festa da Lusofonia.

Além dos locais de exposição e dos seminários, a Feira Internacional de Macau inclui ainda o Festival de Moda de Macau, um pavilhão de espectáculos culturais, fóruns de desenvolvimento comercial internacional, fórum dos países de língua portuguesa e fórum de produtos do Brasil com as novas oportunidades naquele país sul-americano que se preparara para receber o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos de Verão.

In Ponto Final, 17 de Outubro de 2012

 

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